terça-feira, 28 de junho de 2011

Tarifa do transporte coletivo

Atualmente o ônibus, é a forma de transporte mais utilizada pelos brasileiros. Contudo, há um descaso para com os cidadãos que são obrigados a pagarem uma tarifa elevada e utilizarem um transporte coletivo de péssima qualidade.

Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 38.5% da população pobre do país utilizam o transporte público com principal meio de locomoção, sendo que o mesmo consome 8.7% da renda dessas famílias. Como uma família que ganha um salário mínimo por mês, “perde” 8.7% da sua renda em um transporte coletivo, que nem ao menos lhe oferece boas condições?

Em Vitória da Conquista, cidade com população de 306 374 habitantes, a tarifa do transporte coletivo aumentou 10.5% na ultima semana. Entretanto, esse aumento da tarifa é totalmente desproporcional à qualidade os veículos utilizados. Se há uma necessidade do aumento, os cidadãos exigem um melhora nas condições dos veículos e/ou uma aquisição de novos.

Vitória da Conquista é uma cidade de médio porte, com apenas 3 204,257km², que está em um processo de desenvolvimento, mas ainda não é uma metrópole para carecer de uma tarifa tão alta se comparada a outras cidades como São Paulo, onde a tarifa é em média R$2.70, ou Salvador R$2.50, ou ainda Nova York $2.25.

Em nota, a prefeitura da cidade descartou a compra de novos ônibus pelas atuais empresas, ressaltando, porém que “nos próximos dias, aproximadamente 15 ônibus seminovos irão reforçar a frota de ônibus que atua na cidade”. 
 
Ônibus seminovos? Quem quer ônibus seminovos que em menos de dois meses estarão todos nas mesmas condições dos outros já usados? Nós, cidadãos da cidade de Vitória da Conquista queremos uma única coisa: RESPEITO.

Respeito para com aqueles que têm que esperar 40 minutos para poder “pegar” um ônibus, respeito para com aqueles que não podem utilizar o transporte público devido à falta de estrutura física nos veículos, respeito a todos nós que precisamos e exigimos um transporte público de qualidade.

Kayque F. Costa

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